História do Tênis de Mesa

Os primeiros indícios conhecidos do Tênis de Mesa vêm da Inglaterra e revelam um jogo rude iniciado por estudantes universitários, com livros servindo como rede, e por militares, que o praticavam com equipamentos improvisados no país e no exterior. As raquetes eram geralmente feitas de madeira, papelão ou tripa animal, cobertas algumas vezes por cortiça, lixa ou tecido. As bolas eram de cortiça ou borracha e as redes, de diferentes alturas, algumas vezes consistindo de apenas um simples fio. As mesas possuíam diferentes tamanhos e as partidas tinham contagens de 10, 20 ou até mesmo 100 pontos, com o saque dado com um quique inicial na metade da mesa do sacador ou diretamente na outra metade da mesa de encontro a um espaço, limitado ou não, porém com a obrigatoriedade de o sacador estar afastado da linha de fundo da mesa.

No século XIX James Gibb, um corredor de maratonas inglês aposentado, voltou de uma viagem de negócios dos Estados Unidos com bolas de celulóide de brinquedo, que ele imaginou que pudessem ser úteis para esse jogo em seu país. Ouvindo-as serem golpeadas por raquetes ocas, com cabo longo e feitas de pergaminho, então popular, associou os sons produzidos pela bola na raquete com as palavras “ping” e “pong”, dando origem ao nome popular do jogo.

O jogo cresceu rapidamente mas sofreu um colapso, ficando praticamente esquecido por quase duas décadas. Este declínio é atribuído a várias causas: o grande número de sistemas de jogos rivais e supostos organizadores, uma certa monotonia do jogo quando jogado com equipamento inadequado e a invenção da borracha com pinos para a superfície da raquete, possibilitando tão grande efeito e velocidade que criou um enorme e imediato abismo entre veteranos e estreantes.

Por volta de 1910 o esporte foi introduzido na Áustria e na Hungria por jogador de futebol amador, Edward Shires. Antes ainda, implementos para jogar o Tênis de Mesa chegaram ao Japão, o que resultou numa peculiar distribuição que durou, na China, Coréia e Hong Kong, até o final da década de 1920.

O chamado “renascimento” do esporte teve início no Reino Unido após a Primeira Guerra Mundial. Em 1922, J. J. Payne e Percival Bromfield formaram uma associação mas, encontrando-se legalmente impedidos por uma marca registrada, se reorganizaram sob o velho nome do jogo. Eles redigiram cuidadosamente as regras, com o intuito de obter sua aceitação nacional por todos os adeptos, e estimularam a criação e venda de alto padrão de equipamentos. Quatro anos mais tarde as regras tiveram penetração e foram bem aceitas, inclusive no exterior. O Código então tornou-se a base das regras internacionais e o nome Tênis de Mesa passou a ser oficial.

No Brasil, os iniciantes da prática do esporte eram turistas ingleses que, por volta de 1905, começaram a implantá-lo no país. O início das atividades organizadas aconteceu, no entanto, em 1912, pois, até então este era praticado somente em casas particulares e em clubes. Até 1942 o esporte seguiu com altos e baixos no país, quando atletas cariocas representados por De Vicenzi, A. Neves e G. Ferreira, e paulistas, representados por Bolonga, F. Nunes, e W. Silva, aprovaram a tradução das regras e assinaram convênios que levaram à oficialização do Tênis de Mesa pela CBD (Confederação Brasileira de Desporto).


Referências: Federação Paulista de Tênis de Mesa e Confederação Brasileira de Tênis de Mesa

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